sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Considerações Finais =)



Chegamos ao final de mais uma etapa, de mais um período. Novos aprendizados, novas experiências, e entre elas está a avaliação formativa utilizando o portfólio eletrônico.

Talvez por não estar acostumada a utilizar tal tipo de ferramenta, eu tenha me enrolado um pouco nas postagens, e na diversidade de meios para fazê-las. Algumas vezes, aliás, a maioria das vezes, acabei não cumprindo prazos, não fazendo as postagens pedidas no dia certo. Porém, mesmo que tarde, fiz todas as postagens pedidas.


Foi uma experiência muito boa, e que poderia continuar sendo trabalhada com a turma, pois, como eu disse, talvez por falta de experiência em usar tal ferramenta, a maioria de nós acabou deixando a desejar, mas se fosse um uso sistematizado, acredito que todos acabaríamos por nos acostumar, e exploraríamos mais os recursos ofeceridos pelos blogs.


Concluo minha participação na aula de TAE LP II com a certeza de que aprendi muito com relação à essa nova ferramenta de avaliação, e sem dúvidas, gostaria de trabalhar com ela futuramente, levando- se em conta que o aluno constrói o próprio conhecimento gradativamente, como um quebra- cabeça.

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Síntese do Texto de Marcuschi ( 2ª parte )

Produção Textual, Análise de gêneros e Compreensão



Domínios discursivos e gêneros textuais na oralidade e na escrita.


Entendemos como domínio discursivo uma esfera da vida social ou institucional na qual se dão práticas que organizam formas de comunicação e respectivas estratégias de compreensão.

Os domínios discursivos operam como enquadres globais de superordenação comunicativa, subordinando práticas sociodiscursivas orais e escritas que resultam nos generos.

Há domínios discursivos mais produtivos em diversidade de formas textuais e outros mais resistentes.


Os gêneros emergentes na mídia virtual e o ensino.


A interação on-line tem o potencial de acelerar enormemente a evolução dos gêneros. Esse meio propicia, ao contrário do que se imaginava, uma "interação altamente participativa".

É fácil perceber que um novo meio tecnológico deve também interferir na natureza do gênero produzido.

A comunicação mediada pelo computador abrange todos os formatos de comunicação e os respectivos gêneros que emergem nesse contexto. Daí surge um novo tipo de comunicação conhecido como 'comunicação mediada pelo computador' ou 'comunicação eletrônica'.

Aspecto reiteradamente salientado na caracterização dos gêneros emergentes é o intenso uso da escrita, dando- se praticamente o contrário em suas contrapartes nas relações interpessoais não virtuais.

Pode- se dizer que temos novas situações de letramento cultural.


A questão dos gêneros e o ensino de língua.


Será que existe algum gênero ideal para tratamento em sala de aula? Ou será que existem gêneros que são mais importantes que outros?

Uma análise dos manuais de ensino da língua portuguesa mostra que hás uma relativa variedade de gêneros textuais presentes nessas obras. Porém, são poucos os casos de tratamento dos gêneros de maneira sistemática. Lentamente, surgem novas perspectivas e novas abordagens que incluem até mesmo aspectos da oralidade. Mas os gêneros orais em geral ainda não são tratados de modo sistemático.


Visão dos PCNs a respeito da questão dos gêneros.


É notável a posição de que a língua falada e a língua escrita se dão relacionadas no contexto do contínuo dos gêneros textuais com diferenças tidas como graduais.


Gêneros textuais na língua falada e escrita de acordo com os PCNs.


Este aspecto é complexo e não passa despercebido aos PCNs. Contudo, as observações são, no geral, vagas.

Consideram- se apenas os gêneros com realização linguística mais formal e não os mais praticados nas atividades linguísticas cotidianas. O que mais salta à vista, no entanto, é a confusão entre oralidade e escrita. Pois não há clareza quanto a critérios que teriam sido usados para estabelecer essas distinções.

Há muito mais gêneros sugeridos para a atividade de compreensão do que para a atividade de produção.


Os gêneros textuais em sala de aula: as "sequências didáticas".


Central é a metodologia utilizada para construir o que ficou conhecido nessa escola como ensino por sequências didáticas, realizado com base em gêneros textuais diversos, especialmente os gêneros orais mais elaborados.

Na ótica escolar, os gêneros se tornam um ponto de referência concreto para os alunos, operando como "entidades intermediárias que permitem estabilizar os elementos formais e rituais das práticas". Os gêneros são tidos, pois, como as unidades concretas nas quais deve dar- se o ensino.

Síntese do Texto de Marcuschi ( 1ª parte )

Produção Textual, Análise de gêneros e Compreensão




Os gêneros são atividades discursivas socialmente estabilizadas que se prestam aos mais variados tipos de controle social e até mesmo ao exercício de poder. Os gêneros textuais são nossa forma de inserção, ação e controle social no dia-a-dia.
Podemos dizer que o controle social pelos gêneros discursivos é incontornável, mas não determinista. Ele não cria relações deterministas nem perpetua relações, apenas manifesta-as em certas condições de suas realizações.
A vivência cultural humana está sempre envolta em linguagem, e todos os nossos textos situam- se nessas vivências estabilizadas em gêneros. A língua é uma atividade sociointerativa de caráter cognitivo, sistemática e instauradora de ordens diversas na sociedade.

A questão da intergenericidade: que nomes das aos gêneros?

As designações que usamos para os gêneros não são uma invenção pessoal, mas uma denominação histórica e socialmente constituída. É difícil determinar o nome de cada gênero de texto, que se imbricam e interpenetram para constituírem novos gêneros.
Em muitos casos, apenas o local em que um texto aparece permite que determinemos com alguma precisão de que gênero se trata. Mas o certo é que quando se tem algum problema ou conflito na designação, ela surge em atenção ao propósito comunicativo ou função.
A questão central não é o problema da nomeação dos gêneros, mas a de sua identificação, pois é comum burlarmos um cânon de um gênero fazendo uma mescla de formas e funções. A lingüista alemã Ulla Fiz utiliza a expressão “intertextualidade tipológica” para designar esse aspecto de hibridização.
É provável que a intergenericidade seja uma situação bem mais natural e normal do que imaginamos, e os textos convivem em geral em interação constante. A intergenericidade de funções e formas de gêneros diversos num dado gênero deve ser distinguida da questão da heterogeneidade tipológica do gênero, que diz respeito ao fato de um gênero realizar sequências de vários tipos textuais.
1. Intergenericidade à um gênero com a função de outro
2. Heterogeneidade tipológica à um gênero com a presença de vários tipos.
Há também um movimento histórico que se dá pela funcionalidade do gênero e pela particular situação de seu autor. Não é comum que os textos procedam a essa migração. Mas isso existe e pode ser notado em muitos textos históricos.
Aspecto interessante na identificação de um gênero textual é a dificuldade de que, às vezes sentimos, de determinar o início e o final do texto enquanto entidade empírica.

A questão intercultural.

Os gêneros não tem a mesma circulação situacional em todas as culturas.
O aspecto intercultural é crucial quando se trata do ensino de uma segunda língua. Não podemos supor que em todas as culturas se escreva uma carta do mesmo modo, nem que se dê um telefonema da mesma maneira.
Haveria ainda um aspecto importante a tratar nesse caso, ou seja, o problema da variedade cultural dentro de um mesmo país e como isso deveria ser encarado pelo próprio livro didático. Não se deveria privilegiar o urbanismo elitizado, mas frisar a variação lingüística, social, temática, de costumes, crenças, valores, etc.
A vivência cultural humana está sempre envolta em linguagem e todos os textos situam-se nessas vivências estabilizadas simbolicamente.

A questão do suporte de gêneros textuais.

É necessário reservar um lugar importante ao modo de manifestação material dos discursos, ao seu suporte, bem como ao seu modo de difusão: enunciados orais, no papel, radiofônicos, na tela do computador, etc.
O suporte não é neutro e o gênero não fica indiferente a ele. Ele é imprescindível para que o gênero circule na sociedade e deve ter alguma influência na natureza do gênero suportado. Mas isso não significa que o suporte determine o gênero e sim que o gênero exige um suporte especial.
O gênero é sempre identificado na relação com o suporte.
Suporte de um gênero é uma superfície física em formato específico que suporta, fixa e mostra um texto. Como ele tem um formato específico e é convencionalizado, ele pode ter contribuições ao gênero.
Existem os suportes convencionais ( Livros, Livros didáticos, Jornais, Revistas, Rádio, Televisão, Telefone, Quadro de avisos, Outdoor, Encarte, Folder, Luminosos, faixas, etc. ) e os suportes incidentais ( Embalagem, Pára-choques e pára-lamas de caminhões, roupas, Corpo humano, Paredes, Muros, Paradas de ônibus, Estações de metrô, Calçadas, Fachadas, Janelas de ônibus, etc. ). E existem os serviços em função da atividade comunicativa ( Correios, E-mail, Mala- direta, Internet, Homepage e Sites).

Análise dos gêneros na oralidade.

Os falantes têm uma idéia bastante clara das estratégias de produção de uma narrativa, de um comentário, etc. Essa competência classificatória “ingênua” opera com muita precisão em todas as situações diárias e permite que expressemos juízos de valor quanto à adequação dos textos produzidos.
O saber lingüístico, o saber enciclopédico e o saber interacional são processadores que operam como mecanismos que ativam a produção.
Os interlocutores seguem em geral três critérios para designarem seus textos: o canal ou meio de comunicação; os critérios formais; e a natureza do conteúdo.

Análise de gêneros textuais na relação fala e escrita.

Sociedades tipicamente orais desenvolvem certos gêneros que se perdem em outras tipicamente escritas e penetradas pelo alto desenvolvimento tecnológico.
Aspecto central nesta questão é a impossibilidade de situar a oralidade e a escrita em sistemas lingüísticos diversos, de modo que ambas fazem parte do mesmo sistema da língua.
Não postulamos uma simetria de representação entre fala e escrita, mas uma relação sistêmica no aspecto central das articulações estritamente lingüísticas.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Livro Língua Portuguesa: Linguagem e Interação, de Carlos Emílio Faraco, Francisco Moura e José Hamilton Junior.




QUADRO ESQUEMÁTICO

Pontos fracos
Pouca diversidade de épocas e regiões, nos autores literários.

Pontos fortes
A concepção e a organização dos livros em torno de projetos associados a gêneros textuais que promovem a articulação entre os eixos de leitura, produção de textos, oralidade e conhecimentos linguísticos.

Destaque
O trabalho sistemático de exploração de gêneros adequados a situações comunicativas diversificadas, tanto na compreensão quanto na produção oral.

Adequação ao tempo escolar
Três unidades por bimestre.

Manual do Professor
Respostas e comentários às atividades estão presentes na reprodução do Livro do Aluno.



As capacidades desenvolvidas no conjunto da coleção, entre outras, são:

a) recuperar o contexto de produção de textos pertencentes a gêneros
de diferentes esferas; usar diferentes estratégias de leitura: ativar conhecimentos prévios,
b) localizar informações explícitas e inferir informações, formular e verificar hipóteses, compreender globalmente o texto;
identificar aspectos do texto e do discurso;
c)apreciar esteticamente textos literários;
d)compreender as relações entre linguagem verbal e imagem.

Origem: PNLD


Analisando o livro, pude perceber que nem todos os conteúdos atendem de forma tão clara ao que é posto e descrito no PNLD.
É feito uso de reportagens não tão atuais, e que principalmente não condizem com a realidade do Brasil. São usadas muitas reportagens de jornais americanos e europeus, que não fazem parte da vida cotidiana do aluno. Outro ponto, é que ele efetivamente não trabalha muito a questão dos valores, das regras, etc.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Refletindo sobre a prática da aula de Português.




Pra não perder o raciocínio, resolvi postar uma breve reflexão sobre o texto 'Aula de Português: encontro e interação. São Paulo: Parábola, 2003'.

O texto traz à tona uma série de problemas que todos nós sabemos que existem, mas não dávamos muita atenção. Cada um de nós, com certeza, já passou por alguns dos exemplos citados.
Ainda hoje em dia, vemos nas escolas práticas totalmente fora da realidade, que não condizem com as verdadeiras concepções de língua na vida dos estudantes. A leitura não é estimulada, nem mesmo de textos do cotidiano, como os jornais, simplesmente porque os professores alegam que 'não há tempo para isso, é preciso lançar o conteúdo'. O que esperamos de uma formação que não faça parte da realidade de vida do aluno? O que esperamos de uma formação que se foca exclusivamente em passar os conteúdos, a parte mais técnica da língua, sem ligar isso à realidade?
Essa prática descontextualiza a aprendizagem, não possibilitando a compreensão relevante à vida do aluno, e este, com enormes dificuldades de leitura, começa a se achar incapaz.
A linguagem, tanto oral, quanto escrita, não diz nada ao aluno, não faz sentido, pois é constituída por frases desligadas, que não respondem ao contexto social, e como deixou bem claro um aluno, numa pesquisa mostrada do texto, quando disse que " É a língua da escola". São atividades totalmente desvinculadas do diferentes tipos de usos sociais da língua.
A autora propõe uma reflexão, onde nós educadores, podemos repensar o modo como ensinamos a Língua Portuguesa nas escolas, e propõe uma abordagem onde se ampliem as competências dos alunos e onde a linguagem da escola seja a mesma linguagem da vida.


Até 4ª estarei postando a atividade proposta pelo professor =)

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Exemplos de tipos textuais.



Exemplo de texto descritivo:


" A árvore é grande, com tronco grosso e galhos longos. É cheia de cores, pois tem o marrom, o verde, o vermelho das flores e até um ninho de passarinhos."


Nesse trecho, temos uma informação, onde uma árvore é descrita de forma detalhada, utilizando uma linguagem informal, mas que pode ser utilizado, por exemplo, numa aula de Educação Infantil sobre as plantas.



Exemplo de texto narrativo:


" O telefone toca.


- Alô! Por favor, gostaria de falar com o Doutor Nelson.


- É o próprio. Pode falar.


- Como vai, 'Próprio'? O Doutor Nelson está? "




Esse trecho é de uma conversa, onde é exposto uma conversa informal. É narrado um telefonema, meio de comunicação utilizado por todos no dia a dia.



Exemplo de texto injuntivo:


" Está muito frio hoje, leve o casaco quando sair."

Trecho de um texto informal, onde uma ordem é dada por um certo motivo.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Leitura no Brasil é uma "vergonha", diz " The Economist".






http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u58816.shtml


Lendo essa reportagem fiquei pensando em como mudar essa situação nacional.
Primeiro me veio a mente que, não só a escola deve incentivar, mas sim a família também. Porém, acontece que não é da cultura do nosso país que as famílias leiam juntas, e as crianças não crescem criando o hábito de ler.
Mas o que, nós, professores, podemos fazer para mudar essa situação do país?
Em primeiro lugar, de nada adianta programas de incentivo do governo, se não trabalharmos em conjunto ( governo, escola, a criança e a família ).
Mas, pensem na seguinte questão: Como trazer pra dentro da escola família que estão mais preocupadas em trabalhar para dar o sustento dos filhos?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Leitura do Texto: O Portfólio Eletrônico na Formação de Professores... Do professor Ivanildo Amaro de Araújo.



Avaliação formativa tem a intenção de superar a visão classificatória, excludente e punitiva da educação básica, isso porque os modelos de avaliação atuais contam simplesmente com o que o aluno sabe na hora da prova, sem se importar com os erros deles e em corrigi-los.

O uso dos portfólios vêm ajudar nesse processo de avaliação formativa, onde os próprios alunos participam ativamente de sua montagem, e podem sempre ver o seu próprio progresso, consertando o que se errou e principalmente refletindo a respeito do conteúdo, proporcionando assim ao aluno e ao professor uma visão mais ampla e detalhada da aprendizagem em um determinado período de tempo.

Outra vantagem do uso dos portfólios é que eles demonstram a identidade de cada aluno e de cada contexto, e permitem ainda ao professor descobrir quais as áreas de mais dificuldades dos alunos, permitindo uma avaliação contínua.

Na minha opinião, hoje em dia, uma das maiores dificuldades em se trabalhar com os portfólios eletrônicos é o fato de que, na maioria das escolas públicas no Brasil ainda não há acesso a internet para os alunos e computadores suficientes.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O discurso como poder.

Hoje, lendo uma parte do livro de Foucault, me chamou atenção uma parte que dizia que o discurso está diretamente ligado ao desejo e ao poder. Pois bem, vemos isso largamente na política, onde os partidos e os políticos usam o discurso como forma de controlar o povo e os votos. Através do discurso, as mentiras são transformadas em verdades; através do próprio povo, que acreditando no que lhe é dito, reproduz fielmente cada palavra dita, e assim, o discurso se alastra e se torna até mesmo impossível de se controlar, porque através das pessoas que o repassam há modificações de acordo com o interesse de cada um.